Se a Vida é Feita de Escolhas, Por Que Você Escolhe Sofrer?
Por
que algumas pessoas vivem presas ao pessimismo, conflito e autodestruição?
Imagine
que você tem dois vizinhos. Um deles, o João, sempre enxerga o lado bom das
coisas. Se chove, ele diz: “Ótimo, as plantas vão crescer!”. Se perde um
ônibus, pensa: “Talvez eu tenha evitado um acidente!”. Já o outro vizinho, o
Carlos, é o oposto. Para ele, a chuva estragou o dia, perder o ônibus é um
sinal de azar, e tudo parece um complô contra ele.
A
pergunta que não quer calar. Quem tem
razão?
A
verdade é que ambos! A questão não está no que acontece, mas na forma como cada
um interpreta os acontecimentos.
Mas
por que algumas pessoas se prendem ao pessimismo, ao conflito e até mesmo à
autodestruição? É sobre isso que vamos falar hoje.
Nosso
cérebro é uma máquina incrível, mas ele tem um pequeno detalhe, ele se
desenvolve através da aprendizagem: ele dá mais atenção ao que é ruim do que ao
que é bom. Isso não é um erro. Na época das cavernas, aqueles que ficavam mais
atentos ao perigo tinham mais chances de sobreviver. O problema é que hoje não
temos tigres atrás de nós, mas nossa mente ainda age como se o perigo estivesse
por perto o tempo todo.
Podemos
dizer que o cérebro funciona de forma adaptativa, com base em comandos de
aprendizagem.
Nosso
cérebro é uma máquina de previsibilidade. Ele responde por analogia, ou seja,
processa o passado para criar perspectivas de futuro. Tudo o que vivemos gera
padrões mentais, que ele usa como referência para antecipar o que pode
acontecer.
E
por que ele pesa mais as experiências de dor e medo do que as de prazer?
Porque
sua principal função é a sobrevivência. Se um dia você encostou a mão no fogo e
se queimou, seu cérebro grava essa informação e, na próxima vez que você se
aproximar de algo quente, ele dispara um alerta antes que você se machuque de
novo.
Se
alguém te traiu, ele vai lembrar disso antes de confiar em outra pessoa.
Se
um negócio fracassou, ele vai acionar o medo antes de tentar de novo.
Se
você já passou vergonha ao falar em público, ele vai reforçar a insegurança
antes da próxima apresentação.
Essa
"negatividade natural" do cérebro não é um erro, mas um mecanismo de
proteção. O problema é que, se deixarmos esse processo rodar no piloto
automático, acabamos presos ao medo, ao pessimismo e à autossabotagem.
O
segredo está em reprogramar esse sistema, trazendo consciência para o processo:
Reconhecer
quando o medo vem de uma experiência passada e não de um risco real.
Treinar
o cérebro para considerar novas possibilidades, não só o que deu errado antes.
Valorizar
as experiências positivas, repetindo-as conscientemente para fortalecer outros
padrões de resposta.
Por
isso, é mais fácil lembrar de uma crítica do que de dez elogios. É mais fácil
sentir medo do futuro do que confiar que as coisas vão dar certo. É assim que
nossa mente funciona – a menos que a gente aprenda a treiná-la para o
contrário.
Pense;
uma criança que cresceu ouvindo frases como “o mundo é cruel”, “a vida é dura”,
“ninguém presta”... o que vocês acham que essa criança vai acreditar quando
crescer?
Se
alguém te bateu durante anos , quando alguém estender a mão para fazer carinho,
o que acha que vai pensar? Vai fugir ou revidar antes de ser agredido? Talvez sinta
um desconforto inconsciente muito forte porque seu cérebro aprendeu que toda mão que se
aproxima pode machucá-lo.
Se
passamos por muitas experiências negativas, começamos a acreditar que a vida é
assim. E o pior: nós criamos a realidade que acreditamos. Se uma pessoa acha
que o mundo é cruel, ela inconscientemente só enxerga maldade. Se acha que
todos vão traí-la, começa a agir de forma desconfiada, afastando as pessoas.
Agora,
vamos trazer um olhar mais profundo. Você já percebeu que algumas pessoas
parecem ter uma “nuvem negra” sobre elas? Parece que tudo dá errado, que vivem
brigando com alguém, que estão sempre doentes ou com algum problema?
Isso
não é coincidência. A energia que emitimos atrai situações semelhantes. Se
alguém se alimenta de raiva, medo e desconfiança, essa pessoa cria um campo
energético denso, que traz mais situações negativas.
Já
perceberam que quando começamos o dia mal-humorados, as coisas só pioram? O
café cai na roupa, o trânsito fica pior, as pessoas parecem mais irritantes...
Mas quando estamos felizes, tudo flui melhor? Isso acontece porque nosso fluxo
de conexões cerebrais está acessando estados mentais e experiências que nos
remetem a um estado de poder interior, nos trazendo um reflexo energético e
corporal que pode influenciar positivamente o ambiente onde estamos.
Muitas
pessoas vivem no negativismo não porque gostam, mas porque é o que conhecem. O
cérebro humano teme o desconhecido. Se alguém passou a vida inteira, sofrendo
adquiriu o hábito de reclamar de tudo, aprendeu
que se colocar como um carente e vítima das circunstâncias, mudar será muito desconfortável.
Já
viu alguém que está sempre em relacionamentos tóxicos? Ou que tem oportunidades
incríveis, mas de alguma forma sempre dá um jeito de estragar tudo? Isso se
chama autossabotagem.
A
pessoa tem medo de ser feliz porque não sabe como é viver assim. Ela pensa,
mesmo que inconscientemente:
“Se
eu melhorar, vou perder a atenção das pessoas?”
“E
se eu tentar e falhar?”
“Será
que mereço uma vida boa?”
E
então, ela se mantém presa no ciclo da autodestruição.
A
boa notícia é que isso pode mudar! Ninguém precisa viver refém do pessimismo.
Algumas formas de reverter esse padrão pode ser:
Prestar
atenção nos seus pensamentos. O que você mais repete? Você se critica muito?
Vive reclamando? Fala frases como "nada dá certo para mim" ou
"eu nunca vou conseguir"? Se sim, perceba que seus pensamentos não
são a verdade absoluta. Eles são apenas hábitos mentais que podem ser mudados.
Depois
de identificar os pensamentos negativos, troque-os por novos. Não precisa ser
algo forçado como "eu sou maravilhoso", isso pode não soar verdadeiro
para você. Mas algo como:
"Estou
aprendendo a ver as coisas de forma diferente."
"Talvez
exista uma solução que eu ainda não enxerguei."
"Eu mereço uma vida melhor e estou
trabalhando para isso."
O
cérebro funciona como um músculo: quanto mais você exercita um pensamento
positivo, mais forte ele fica.
Se
você tem um amigo que só reclama, que só vê o lado ruim da vida, que sempre diz
que “as coisas nunca vão mudar”... como você se sente depois de conversar com
ele? Pesado, cansado, desmotivado? Isso acontece porque a energia negativa é
contagiosa.
Então,
pergunte-se: o que eu estou consumindo?
Notícias
que só falam de tragédia?
Redes
sociais que só mostram disputas e brigas?
Amigos
que só reclamam?
Se
sim, reduza o contato com isso. Assim como um corpo saudável depende de boa
alimentação, uma mente saudável depende do que você consome.
Uma
das técnicas mais simples para quebrar o ciclo do negativismo é a gratidão.
Todos os dias, antes de dormir, pense em três coisas boas que aconteceram no
seu dia, mesmo que pareçam pequenas. Pode ser um café gostoso, um sorriso que
recebeu ou até o simples fato de estar vivo.
Muitas
pessoas vivem reclamando, mas não fazem nada para mudar. A pergunta é: você
realmente quer melhorar? Se sim, precisa agir. Pode ser algo pequeno, como
começar a ler sobre o que deseja melhorar, buscar ajuda profissional ou mudar
pequenos hábitos diários.
Seja
através da meditação, da oração ou do contato com a natureza, encontrar um
espaço de silêncio e conexão ajuda a acalmar a mente e ver a vida de forma mais
ampla. Quando estamos alinhados espiritualmente, percebemos que os desafios
fazem parte do crescimento, e não uma maldição.
O
pessimismo, o conflito e a autodestruição não são uma “maldade do destino”.
Eles são padrões e comportamentos que aprendemos e que podemos mudar.
Se
você sente que está preso nesse ciclo, comece observando seus pensamentos e
suas atitudes. Pequenas mudanças diárias fazem uma diferença enorme. E
lembre-se: ninguém pode fazer isso por você. A transformação começa com uma
decisão sua.
A
vida é cheia de desafios, mas também está repleta de beleza. A escolha sobre o que
enxergar está em suas mãos.
Pense Nisso!
Até mais!
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